(Arte de Yuta Onoda) Ando sonhando com mudanças.
Abro os armários e milhares de coisas caem sobre mim,
como uma avalanche.
Soterrada por inutilidades, decido me organizar.
Encaixoto sentimentos, embalo lembranças,
jogo fora ambições antigas.
No fundo, no fundo, sei que tudo isso um dia vai me fazer falta.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVai não, Donana!
ResponderExcluirNão tenha medo. Essas coisas que passam por nós, costumam ter vida própria. Estão ali porque estão. As que ficam, a gente nem sente direito. Só sabe que elas estão ali. Ou quase estão. Eu tenho um ritual do qual não abro mão: rever as coisas. E isso sempre me mostra um novo eu. Quase sempre, me surpreendo comigo. No passado, ou no futuro.
Agora mesmo...
Estava pensando... em que condições a gente se encontra?
Não é no que vivemos - eu sou diferente de você.
Então, nos encontramos nas linhas.
As que te fazem sozinha, me julgam ateu.
Sem querer, sem jamais imaginar,
as que me lembram de ti,
ninguém prometeu.
De repente, o vazio em ti
me preenche.