Se alguém me lê, já sabe tudo. Das minhas dores, dos meus anseios, minhas saudades. O teclado, mudo, aceita o que vem. Não tenho dúvidas: se há censura, ela também é toda minha.
Planos para o ano novo: cortar a etiqueta que levo grudada ao corpo, rasgar em mil pedaços o manual dos bons costumes e encher meu prato de sabores proibidos. Alguém está servido?
Não sou chegada a nostalgias, mas também não faço planos pro futuro. O tempo me prega peças, traiçoeiro, e me mantém correndo atrás de algo que nem sei.